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OM NAMAHA SHIVAYA... OMMM

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

A MORAL CURVOU-SE

E PERDEU A GUERRA




               Existem passeatas Gays pelo mundo todo. O Brasil não é exceção. Desde o acontecimento da primeira, a caminhada remaneja mais adeptos; serão 3 milhões que, sem se envergonharem de seu rótulo por fazerem a diferença sexual, caminharão juntos, não mais se sentindo isolados. Que tipo de entusiasmo os movem? Um apoio secreto? Ou são todos, intelectualmente, Gays?

              A passeata do movimento Gay cria, em tese, um pensamento independente. Engajam-se em usufruir de sua homossexualidade, antes refugiada, potencializando-se em seus propósitos; querem casar-se legalmente e adotar crianças. Aos poucos, os Gays alcançam, embora com toda opressão, um fenômeno visível de adesão. Instigam a sociedade imersa no preconceito religioso a reinterpretar a origem desse ressentimento. Ser Gay, hoje, é uma realidade histórica cultural. É um sonho cultivado. E nada tem a haver com religião. Discuti-los verbalizando preconceitos é erro tolo. Ninguém torna-se homossexual sozinho. Conciliam seu prazer com o prazer do outro. Iniciam-se sem perplexidades. Ninguém mais se assume assustadamente como Gay, tangenciando sua vocação ao refúgio; o são com entusiasmo e a própria passeata constrói essa imagem voluntária, sem medo, sem culpa. Não rotulam nada. O princípio que os une é a partilha. Partilham sentimentos de uma vida sexual que, nos últimos anos, já funcionam como um parâmetro.

               São 3 (três) milhões de seres humanos numa passeata que mostra desafios, olhares irreverentes, sem ironia. Expõem-se à conclusão sexual a que chegaram. Por mais que, aos incultos e menos avisados, a passeata possa parecer um choque de realidade às escolhas que fizeram, esses seres humanos, a meu ver, são a quebra de um paradigma. A passeata Gay e qualquer semelhança com a vida real, circunspeta-me a certeza de ser mera coincidência.

Shrî Vidyacharanasampanaananda

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