Água...
Quando uma Nação nada
no raso contra a escassez de
um líquido insubstituível.
Longe de ser interesse exclusivo dos governos, a Água
que goteja na torneira de cada casa é assunto que diz respeito a qualquer
cidadão desse país.
O Brasil possui localização geográfica de excelência, o
que permite que as moléculas de H2O (esse preciosíssimo líquido) permaneçam assim
líquidas em abundância constante. O Clima de algumas décadas atrás permitia que
o próprio Ecossistema Integrado não favorecesse evaporação fora do controle e
tão pouco congelasse como em alguns países.
Eu acompanho com lupa tudo o que aconteceu com a
exclusividade brasileira em produzir descaso na administração dos recursos
hídricos. Poderiam, caso os governantes assim quisessem, produzir melhorias nas
represas de cada estado desde 2004. O que temos hoje é um ritmo hidrológico que
desce o nível dos reservatórios a limites imprudentes.
A crise vai sinalizar colapso para todo o território
brasileiro, quando o recuo hidrológico apontar um nível com menos de 10%. Isso
impede que as turbinas de todas as Hidrelétricas funcionem. Teremos o colapso.
Governo nenhum garantirá legitimidade à democracia, sem água, sem luz, pois não
mais existirá uma sociedade conformista. Um governo que, por incompetência,
ameaça as vidas de uma Nação sabe e muito bem que reação coletiva vai
despertar.
Quando Governantes de uma Nação estabelecem-se perante
a legitimidade dos votos para governar e transformam aspirações de melhorias em
ambições maiores que a vida de seus cidadãos... se morrer de sede constitui o
futuro político social da nação a curto prazo... Que tipo de mentira, dentro de
tantas já decorridas por conta da sigla do PT, se desenvolverá com respeito ao
comportamento de uma Nação quase sem água? Quantas meias verdades serão ditas
por ministérios diante de um cenário que canaliza apenas gravíssimos problemas
interligados na ausência de água e paralisação no fornecimento de energia
elétrica? Que discurso político ouviremos quando os reservatórios em quaisquer
estados do Brasil chegarem aos patamares de menos 10%? Que solução vai surgir
de um governo que por hábito apresenta um elenco de escândalos legados à
impunidade?
A maneira como os brasileiros são tratados nesse país
onde o próprio governo possui um lado B escuro, torna necessário que a Nação
unida conclame para uma mudança. Chega de pressupostos. Chega de blindagem
política, chega de articulações, chega desse velho sistema marcado por alianças
contrapostas ao bem comum da Nação. Um governo não pode quantificar tantos
erros sem avaliar o tamanho da complexidade em escândalos gerados.
É hora de Dante e Virgílio visitarem o inferno que
nossa sociedade logo-logo vai se tornar, sem água. Estamos ainda de modo lento
vivenciando a trágica mudança. A Nação está ficando sem água e isso torna a
dimensão do problema num só contexto quando se agravar nos 10%, 9% e menos por
cento: num aborrecimento de vida ou morte e em acontecimentos sociais sem precedentes,
diria além de nossa imaginação. Não haverá caminhões-pipa, sequer escoltados;
pois até os carros necessitam de água para funcionar.
Recomendo que leiam o livro de um Urbanista Americano,
Michael Klare, The Race for What’s
Left (A corrida pelo que sobrou).
Creio que ali encontra-se a Cartilha de Sobrevivência para a época onde nenhuma
"Maria vai levar lata d'água na
cabeça".
Não existe resposta de governantes que não são sérios e que nos fizeram, ou melhor, tentam nos fazer de palhaços marionetes quando falam de propostas para acabar com o clima árido. Toda baixa radical do lençol freático em nível nacional já é motivo para existir perigosos conflitos. A ONU terá que avisar aos brasileiros:
Não existe resposta de governantes que não são sérios e que nos fizeram, ou melhor, tentam nos fazer de palhaços marionetes quando falam de propostas para acabar com o clima árido. Toda baixa radical do lençol freático em nível nacional já é motivo para existir perigosos conflitos. A ONU terá que avisar aos brasileiros:
"Não
recomendo mais que usem 55
litros de água per capita/dia". A
compreensão agora é por cada um. A preservação da vida humana sem água deixa de
ser assunto de governo e passa a ser de cada um. Defenda-se como puder. Racionar
água será uma adoção que não existirá. As anormalidades crescerão para a produção
de alimentos. Isso ditará um abusivo aumento dos preços de gêneros alimentícios.
A situação se agravará em 10% e estamos nos
encaminhando para esta pontuação. Nenhuma região no Brasil se re-normalizará após
cair em 10%. Os riscos são tantos, com impactos ambiental e humanos severos.
Fiquem alertas aos apagões. A princípio será por horas;
e quando remanejam energia através das linhas de transmissão. Depois, esses
apagões serão por semanas, meses... A questão não será a visão política de
prejuízo a todo um mercado até então produtivo; mas, a ruptura desumanizadora
da economia destruindo uma Nação. Adeus ao status que serviu de aparência às
ambições.
Creio que a extinção das moléculas H2O em sua
ambivalência trará transformações aos seres humanos envolvidos. Todos
indistintamente vivenciarão um paradoxo através da necessidade de sobreviver a
todo custo caçando água. Para outros, será o momento em que o mesmo paradoxo os
faça vivenciar aspectos transcendentes através de uma mudança da chave
consciencial. Essa crise hídrica perpetuará aos governantes a hipocrisia com
que trataram a vida humana. Reflexionem sobre isto. Aqui fico.
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