O Brasil vestido de 2014 encontra-se
além da
lógica e das Filosofias Literárias,
tendo
sua Democracia pisoteada.
E o Oscar vai...
O
novo estado social do Brasil não contém, o que até seria dos males os menores,
vacuidade política, estreiteza no ideológico, o caráter limitado da Lei ou uma
série de questiúnculas. Nossa servilização
complementa-se num eclipsar da razão, do direito, da ética e da verdade que vem
sido amputada por aqueles que, vestidos do poder político, colocam-se numa
dimensão complementar: não são senadores, deputados federais, não são
autoridades constituídos... são, isso sim, Deuses do Olimpo. Emitem forças que
desmoronam de um só golpe o Literário, o Filosófico, o Social, o Estético, a
Moral... A lista continuaria... mas, ela se perde no nevoeiro das
incredulidades. Em que ponto estamos nós, brasileiros, com toda essa velocidade
de lepra moral advinda daqueles que se dizem Governo?
Se
eu pudesse recomeçar minha vida, buscaria acesso a um mundo que se preservasse Civilização. É insuportável reconhecer
que não temos direitos, apenas deveres; é ardente se constatar que o progresso
e a cidadania não possuem probabilidades de futuro. Aliás, eles nunca existiram;
são apenas discursos daqueles que proliferam a lepra moral. Nosso presente é
feito no terror, nossa filosofia resume-se ao "Padrão FIFA" e nossa saúde nas discrepâncias de não se
assistir corretamente ao objetivo de preservar a vida dos que sofrem. Quanto ao
nosso futuro, este está entregue a uma polícia que, no momento presente, luta
para garantir sua própria moral. O bem-estar expande-se para onde?... se há
truculência por todos os lados. Uma cultura homicida implementa crescimento
drástico onde vida e morte tornaram-se banalidades. Como um brasileiro, ao
saber de seu novo salário mínimo, pode se orgulhar de um país como esse, de
carga tributária única no planeta? É lamentável saber da visão dupla do mesmo
fato: a produtividade só existe nas contas bancárias dos mensaleiros (ou ex, ainda não sei bem), dos políticos desonestos,
doleiros corruptos e de toda a arquitetônica logística dos propineiros e empreiteiros.
O
viés autoritário do governo exibe um nervo exposto. A chamada conta petróleo (a
diferença entre a importação e a exportação de petróleo e derivados) foi usada
como campanha política informando um recorde histórico superando 20 bilhões de
dólares. O viés nocivo é que este número é frágil. Na verdade, significa um
vermelho 8,5 vezes maior do que o verificado em 2006. Nós, brasileiros somos
afetados por termos que pagar preços cada vez mais elevados, o viés é isso; em
outros países, fariam o produto encalhar. Quem pensou que o governo federal
está amortecido depois de tantos escândalos, enganou-se. O entranhado no atual
governo só virá à tona quando uma outra sigla vencer o sistema iníquo que
transforma mensaleiros e outros em "vítimas políticas".
O
Brasil, ao mesmo tempo tem, e no momento seguinte não tem, um potencial
jurídico único valorizando a gestão de desigualdades quanto a criminalidade. O
tamanho do delito, a participação de autores, sonegadores, corruptos e
maioridade penal, deveriam ser remodelados. No momento, o judiciário tem
desgastes enormes, não podendo transportar suas dificuldades devido aos vieses
E
o Oscar vai... para o desespero do povo brasileiro; esse aprendiz de gente
servido por uma servilização de
corrupção que aborta todas as suas chances de ser dono de si mesmo. O Brasil
que veste 2014 encontra-se além da lógica; é um País de Alice, cujas filosofias
literárias permitem-nos uma canção de ninar.
Shrì Vidyacharanasampanaananda
(Oito Livros publicados,
Conferencista e Mestre de mim mesmo)
Email: maha.vidya.yoga@hotmail.com
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