O corpo de cada ser humano é lugar por onde se expressam as mais diferentes fases da vibração que está a regulamentá-lo em seu psico-biológico e, desta forma, assinala abertamente desde seu biorítmo normal até os efeitos provenientes de sua conduta emotiva egóica.
O corpo do ser humano é o produto final de suas emoções, no que tanje às desestabilizações em seu organismo. A corporeidade que ocorre através dos orgãos de sensorialidade bem expressa as fugas energéticas. Por exemplo, a sociedade se faz e se mantém através das persuasões que, em suas relações, estão a impregná-la com ardís e leis pelas quais a soma do comportamento emocional penetra no corpo individual dos seres.
Vivemos 38 anos iniciais de nossa vida herdando um cotidiano círculo social que nos afeta em 3/4, exclusivamente direcionado pela ansiedade, equívocos, tensões, rancores, conflitos e etc. Tudo isso, certamente, recai sobre a fisiologia emocional do nosso corpo. Toda uma sequência de problemas anexados aos condicionamentos da vida social torna o ser humano possuidor de um corpo físico desajustado em seu tipo psicológico e uma desestabilidade física equivalente. À medida que não se toma consciência deste fato e não se permite mudanças significativas em suas tensões e limitações diante de seus padrões corporais automatizados, inicía-se um bloqueio no seu sistema imunológico.
O corpo humano é possuidor de inúmeras camadas de energia. Essas camadas necessitam de fricção. Fricção equivalente ao corpo ser higienizado todos os dias. Quando essa fricção em momento algum desses 38 anos foi feita, o ser humano vai apenas se utilizando da camada superficial. Com os traumas, frustrações e toda ordem de emoções com que vai se deparando ao longo da vida, sua camada superficial esgota-se. À medida que esses choques emocionais estão crescentemente a produzir efeitos psicológicos no ser, regulam também os efeitos fisiológicos. Aos poucos surgem as tensões musculares e viscerais, formando desta vez camadas negativas formadoras de um encouraçamento somático favorecendo estímulos aos problemas articulares e disfunções neurológicas a desregularizarem seu tônus, privando-o de um melhor desempenho do corpo. Acrescento que todo bem que possa existir no ser humano virá de sua alma; e todo o mal surgirá de sua fisiologia. Isso não é uma mera interpretação filosófica, mas um fato, como vou demonstrar.
1º_ As terapias verbais ( psicossomatização de Freud, Jung, Lacan, entre outras) não abrangem a totalidade da questão corpo humano.
2º_ Sete são os seguimentos do corpo humano onde ocorrem os bloqueios energéticos: ocular, oral, cervical, toráxico, diafragmático, abdominal e pélvico.
3º_ Quando um ser humano, por algum forte motivo emocional, tem o flúxo energético de seu corpo bloqueado, forma-se uma turbulência em um ou mais pontos na oscilação celular fazendo com que a freqüência elétrica sadía de 7.28 hertz se desarmonize do organismo sadío. As defesas imunológicas diminuem, devido à depressão energética, acontecendo uma enfermidade.
4º_ A partir do momento que o corpo humano é modelado por tudo aquilo que somos emocionalmente, expressamos vivencialmente e sentimos por interpretações, é impossível não se entender que não há mudanças significativas que não passem por nós primeiramente. Vivemos as consequências de nossas inconsequências. Priorizamos diferentes valores sobressaídos do coletivo. Absorvemos apenas o lado concreto da existência; estamos sempre em alerta pensando em algo que possa materialmente modificar nossa vida. Tempo é dinheiro e isso envolve responsabilidades e metas numa incessante correria. A imensa maioria assim age e não vive, apenas sobrevive prejudicando o próprio corpo físico ao se produzir doenças como gastrite, cefaléias crônicas, ansiedade, depressão, constipação intestinal, etc, sem mencionar os danos que também atingem os demais corpos sutis que acompanham cada ser humano. Portanto, quando manifestamos uma enfermidade o fazemos inteiramente na dualidade corpo/mente.
Os ensinamentos da Sabedoria antiga avaliam a existência humana nos aspectos da alma que encobre os corpos da matéria mental, astral/emocional e física. O Mestre Djwahl Khul, em verdadeira compreensão sobre os fundamentos da sabedoria, quanto ao Programa Universal Humano, diz o seguinte:
"Vigie, ô ser humano, teus pensamentos porque do que pensares se converterão as palavras.
Vigie, ô ser humano, tuas palavras porque uma vez ditas se converterão em atos teus.
Vigie, ô ser humano, teus atos porque eles tornar-se-ão hábitos teus.
Vigie, ô ser humano, teus hábitos porque eles tornar-se-ão teu caráter. Pois, no ciclo de tensão que vive a humanidade, do teu caráter resultará teu destino."
Esta defasagem cultural, a respeito de nós mesmos, pela qual passamos, criou um mosaico de comportamento psicosomático que revela um direcionamento muito mais ao desarranjo do que um redirecionamento ao equilíbrio, tamanho os desequilíbrios aplicados aos valores culturais dominantes. O ser humano que está a despontar neste século XXl, principalmente o ocidental, está muito mais desequilibrado e descontrolado física, emocional e mentalmente, muito mais desarmonizado consigo mesmo e com os seus semelhantes; totalmente desestruturado na relação com o próprio Planeta que habita. Eis alguns destes desequilíbrios:
1º) Muitos estão com desvios anormais na coluna vertebral, principalmente sob a forma de lordose lombar e cervical.
2º) Outros sofrem de azia, prisão de ventre, gases intestinais e cálculo renal, tudo ocasionado pela má combinação de certos alimentos muito consumidos, que também endurecem as articulações. Uma pessoa doente acaba por transmitir sua doença a tudo o que faz; se manipular alimentos, os essenciará com sua doença.
3º) As posições habituais e gestuais no trabalho (onde uma grande maioria permanece sentada) levam estes profissionais a um encurtamento da musculatura em geral e ao aumento das tensões.
4º) A mente do ser humano ocidental é muitíssimo mais dispersa do que a do ser humano oriental. Um cientista, por exemplo, sabe que existe a gravitação, o eletromagnetismo, o campo nuclear forte e o nuclear fraco, por estudá-los separadamente e entendê-los separadamente; um Monge Budista dirá que estas quatro interações nada mais são do que diferentes facetas de uma mesma coisa. Um monge sabe que seus antepassados descobriram as coisas através da linguagem intuitiva, enquanto no ocidente, para se entender a realidade tridimensional, os cientistas isolam as partes e depois as dividem; os orientais as integram.
5º) O ser humano ocidental não sabe conviver com o Tempo, nem tão pouco lidar com o futuro. Cuida apenas do presente. Para os orientais, tudo é passageiro. As mudanças são parte da essência da vida.
6º) Os ocidentais freqüentam templos, igrejas e sinagogas para orar. No oriente, esta prática é mais equilibrada. Não há obrigação de freqüentar os Templos. O ser humano oriental é o seu próprio templo e universo. Aprendeu isso como ensinamento budista básico. E o pratica. Repete este mantra diariamente: NAM____MYOHO____RENGUE____KYO
...Palavras que condensam grandes ensinamentos, e sua repetição diária o ajuda a encontrar soluções para seus problemas pessoais. O oriental encontra-se mais mergulhado em si mesmo e está, dia após dia, fortalecendo seu espiritual. O ocidental, por estar mais inserido numa forma de sociedade aberta aos prazeres mundanos, a ele pouco importa a mensagem divina como condição essencial de vida.
...Palavras que condensam grandes ensinamentos, e sua repetição diária o ajuda a encontrar soluções para seus problemas pessoais. O oriental encontra-se mais mergulhado em si mesmo e está, dia após dia, fortalecendo seu espiritual. O ocidental, por estar mais inserido numa forma de sociedade aberta aos prazeres mundanos, a ele pouco importa a mensagem divina como condição essencial de vida.
Que síntese entre Oriente/Ocidente poderia melhor resumir ao leitor, senão fazê-lo perceber que o Oriente, por mais de dois mil anos consecutivos, aprendeu a dominar a mente e o corpo, aprofundando uma filosofia de vida, enquanto o Ocidente compensou-se na desarmonia interior.
No Ocidente, o Tempo tornou-se um aspecto importantíssimo para a percepção da vida. Desde o século XVII, o ser humano ocidental modifucou sua percepção do tempo; deixou ele de ter uma relação circular para adotar uma relação linear. Ou seja, as atividades profissionais aceleraram artificialmente o relógio biológico e a doença da pressa e da preocupação em cumprir horário vem alterando o relógio interno subjetivo para o tempo objetivo externo. Isso vem, desde então, criando o conflito fisiológico (corpo) e psicológico (mente). Raramente vive, o homem ocidental, uma sensação de paz interior e elevação espiritual, tão utilizadas no homem oriental. Quero com isso dizer que o Yoga praticado no Oriente em hipótese alguma é o mesmo praticado no Ocidente.
Primeiro, a agitação da vida "moderna tecnológica" do ocidental tem bloqueado boa parte dos seus cinco sentidos, o que o torna incrivelmente refratário a situações desagradáveis; segundo, aspiram diariamente um ar poluído e comem demais, de forma indevida. A vida pessoal de um cidadão ocidental está abarrotada de barulho, vozerío da massa descontente, acidentes de trânsito e crimes, tornando-o permanentemente fechado em seu pequeno mundo de idéias igualmente conturbadas.
Sri Vidyacharanasampanananda